sábado, 5 de setembro de 2009

Chris Marker no MIS

Minha tarefa: visitar a exposição do Chris Marker no MIS, e a partir do registro feito na exposição, criar uma trilha sonora.

Busquei recortar as fotografias, escolhendo o que mais me interessava em cada uma delas. Para a trilha, Laurie Anderson, com Superman.





Olhar apenas como público, mas com a tarefa do registro, fez desta experiência um híbrido interessante. A escolha de fotografar a fotografia criou uma espiral em que a linguagem me fez refletir sobre ela própria.
Os recortes feitos com a câmera do celular me obrigaram a uma proximidade física com a obra que provavelmente não aconteceria se eu não estivesse comprometida com o registro, com a tarefa.

Como transportar o que não se nomeia, o que não se toca, na experiência presencial? Tentei, ainda lá, ouvir a essência do que seria depois materializado numa trilha sonora. Recolher elementos desse momento que é essencialmente fluido, juntar as sombras da memória e propor um novo olhar a partir do que restou do meu.







Havia ainda, no mesmo andar, a instalação Solar, de Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti, que rendeu outra experiência/ experimentação, postada logo abaixo.

*por Stella Ramos, educadora e supervisora na exposição Cuide de Você, de Sophie Calle


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